Biodiversidade na agenda da mineração

Biodiversidade na agenda da mineração

Os benefícios são para todos: ecossistema, economia, população

“No Brasil existem 327 iniciativas de áreas de restauração natural”. A afirmação foi feita pelo professor da USP, Ricardo Ribeiro Rodrigues, durante a palestra “Conservação e biodiversidade na mineração”, realizada no terceiro dia (14/9) da EXPOSIBRAM 2022.

O professor ressalta que é extremamente importante a fixação de carbono para tentar controlar o aumento das temperaturas. “Estamos acompanhando as mudanças climáticas e precisamos de soluções urgentes para a retenção desse carbono. Nesse sentido, o Brasil pode dar grandes contribuições, tendo em vista as diversas iniciativas, no que diz respeito ao tema”, afirma.

Entre os benefícios da restauração das áreas degradadas, Rodrigues destaca a recuperação de nascentes, a infiltração da água no solo e a polinização. “Tais contribuições relacionam-se à segurança hídrica, mas também ao serviço ecossistêmico de polinização e dispersão de sementes”, afirma.

Tiago Alves, gerente de Meio Ambiente da Anglo American Brasil, confirma a experiência de recuperação de nascentes. Em parceria com ONGs, universidades e governos, a empresa criou um programa para restaurar as nascentes em propriedades rurais. “A nascente voltou a ter água. Isso é mudar a vida das pessoas, isso é parceria, efetuada a várias mãos”, explica.

Emprego e renda

O olhar voltado para a biodiversidade apresenta também vantagens econômicas. Segundo Rodrigues, a cadeia produtiva da restauração gera 0,42 emprego por hectare ao ano. “Temos defendido a restauração como estratégia de geração de trabalho e renda. Precisamos recuperar algo em torno de 121 milhões de hectares de florestas para gerar cerca de cinco milhões de empregos em 20 anos”, destacou.

O trabalho feito nas comunidades, pela Anglo American, de acordo com Alves, além de proporcionar dignidade e renda, muda perspectivas. “Trabalhar com a comunidade é pilar fundamental para a geração de emprego, renda e felicidade para o pequeno agricultor”, explica.

Alves reconhece que a atividade mineral, muitas vezes, gera desconforto porque tem impacto visual forte. “A maior degradação no Brasil é feita pela agricultura e pecuária. A mineração é localizada e, apesar de também degradar, a recuperação é grande e com qualidade”, ressaltou.

Sobre a EXPOSIBRAM 2022

Considerada um dos maiores eventos de mineração da América Latina, a EXPOSIBRAM reúne a cadeia produtiva da mineração que participa ativamente com as principais companhias mineradoras com atuação global e nacional, fornecedores de máquinas, equipamentos e serviços, representantes de instituições de pesquisa e universidades, delegações empresariais e governamentais de diversas nações, entidades de classe, empresas e autarquias ligadas ao setor público, além de importantes executivos e especialistas de vários segmentos para a discussão de temas relacionados à indústria mineral nacional e internacional, em um só lugar.

A área da exposição contará com mais de 13 mil m² de estandes. No espaço, serão apresentadas as principais tendências em tecnologia, equipamentos, softwares e outros produtos ligados à indústria mineral, além de dados sobre investimentos, projetos minerários, entre outros assuntos. Para visitar a feira é necessário realizar inscrição aqui.

Realizado em paralelo à exposição, o Congresso Brasileiro de Mineração atrai a cada edição mais de 1300 participantes entre especialistas, pesquisadores, estudantes e representantes de empresas. A programação contará com palestras, debates, talk-shows com temas de contexto político, socioeconômico global, perspectivas para negócios, tecnologia e inovações, meio ambiente, investimentos, entre diversas outras temáticas. Interessados em participar do congresso podem fazer inscrições aqui.

Patrocínios da EXPOSIBRAM

Figuram como patrocinadores do evento o Grupo AIZ (Diamante), Vale (Diamante), Anglo American (Platina), BHP (Platina), AngloGold Ashanti (Ouro), Kinross (Ouro), Nexa (Ouro), Companhia Brasileira de Alumínio – CBA (Prata), Casa dos Ventos (Prata), Mineração Usiminas (Prata), ArcelorMittal (Gestão de Resíduos),  Alcoa (Bronze),  Appian Capital Brazil (Bronze), BAMIN (Bronze), Cardiesel – Minas Máquinas (Bronze), Gerdau (Bronze), Geocontrole (Bronze), Geosol (Bronze), Mineração Taboca (Bronze), Mosaic Fertilizantes (Bronze), Samarco (Bronze), Sany – Irmen (Bronze), Tracbel (Bronze), Walm Engenharia (Bronze), e XCMG (Bronze).

Apoio Institucional

Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (abm), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira de Engenheiros de Minas (ABREMI),  Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção (Anepac),Fundação Dom Cabral (FDC), Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), Serviço Geológico do Brasil (SGB – CPRM), Sindicato das Indústrias Extrativas de Minas Gerais (Sindiextra), Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral), Sindicato da Indústria de Ferro no Estado de Minas Gerais (Sindifer) e Sindicato Nacional da Indústria de Extração de Ferro e Metais Básicos (Sinferbase).

Apoio Oficial

Podcast Wepod.

Apoio editorial

A EXPOSIBRAM 2022 conta até o momento com o apoio editorial da revistas Brasil Mineral, Eae Máquinas, In The Mine, Mineração & Sustentabilidade, Minérios & Minerales, Areia & Brita, Amazônia, além dos sites BN Americas, Conexão Mineral,  ClimaTempo, Notícias de Mineração Brasil,  Notícia Sustentável  e Panorama Minero.

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